terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Do Evangelho segundo São João - Capítulo IV

1 Quando Jesus soube que chegara aos ouvidos dos fariseus que Ele conseguia mais discípulos e baptizava mais do que João –
2 embora não fosse o próprio Jesus a baptizar, mas sim os seus discípulos - 3deixou a Judeia e voltou para a Galileia.
4 Tinha de atravessar a Samaria.
5 Chegou, pois, a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto do terreno que Jacob tinha dado ao seu filho José. Ficava ali o poço de Jacob.
6 Então Jesus, cansado da caminhada, sentou-se, sem mais, na borda do poço. Era por volta do meio-dia.
7 Entretanto, chegou certa mulher samaritana para tirar água. Disse-lhe Jesus: «Dá-me de beber.»
8 Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos.
9 Disse-lhe então a samaritana: «Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim que sou samaritana?» É que os judeus não se dão bem com os samaritanos.
10 Respondeu-lhe Jesus: «Se conhecesses o dom que Deus tem para dar e quem é que te diz: ‘dá-me de beber’, tu é que lhe pedirias, e Ele havia de dar-te água viva!»
11 Disse-lhe a mulher: «Senhor, não tens sequer um balde e o poço é fundo...
12 Onde consegues, então, a água viva? Porventura és mais do que o nosso patriarca Jacob, que nos deu este poço donde beberam ele, os seus filhos e os seus rebanhos?»
13 Replicou-lhe Jesus: «Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede;
14 mas, quem beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der há-de tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna.»
15 Disse-lhe a mulher: «Senhor, dá-me dessa água, para eu não ter sede, nem ter de vir cá tirá-la.»
16 Respondeu-lhe Jesus: «Vai, chama o teu marido e volta cá.»
17 A mulher retorquiu-lhe: «Eu não tenho marido.» Declarou-lhe Jesus: «Disseste bem: ‘não tenho marido’,
18 pois tiveste cinco e o que tens agora não é teu marido. Nisto falaste verdade.»
19 Disse-lhe a mulher: «Senhor, vejo que és um profeta!
20 Os nossos antepassados adoraram a Deus neste monte, e vós dizeis que o lugar onde se deve adorar está em Jerusalém.»
21 Jesus declarou-lhe: «Mulher, acredita em mim: chegou a hora em que, nem neste monte, nem em Jerusalém, haveis de adorar o Pai.
22 Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus.
23 Mas chega a hora - e é já - em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são assim os adoradores que o Pai pretende.
24 Deus é espírito; por isso, os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade.»
25 Disse-lhe a mulher: «Eu sei que o Messias, que é chamado Cristo, está para vir. Quando vier, há-de fazer-nos saber todas as coisas.»
26 Jesus respondeu-lhe: «Sou Eu, que estou a falar contigo.»
27 Nisto chegaram os seus discípulos e ficaram admirados de Ele estar a falar com uma mulher. Mas nenhum perguntou: ‘Que procuras?’, ou: ‘De que estás a falar com ela?’
28 Então a mulher deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àquela gente:
29 «Eia! Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz! Não será Ele o Messias?»
30 Eles saíram da cidade e foram ter com Jesus.
31 Entretanto, os discípulos insistiam com Ele, dizendo: «Rabi, come.»
32 Mas Ele disse-lhes: «Eu tenho um alimento para comer, que vós não conheceis.»
33 Então os discípulos começaram a dizer entre si: «Será que alguém lhe trouxe de comer?»
34 Declarou-lhes Jesus: «O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra.
35 Não dizeis vós: ‘Mais quatro meses e vem a ceifa’? Pois Eu digo-vos: Levantai os olhos e vede os campos que estão doirados para a ceifa.
36 Já o ceifeiro recebe o seu salário e recolhe o fruto em ordem à vida eterna, de modo que se alegram ao mesmo tempo aquele que semeia e o que ceifa.
37 Nisto, porém, é verdadeiro o ditado: ‘um é o que semeia e outro o que ceifa’.
38 Porque Eu enviei-vos a ceifar o que não trabalhastes; outros se cansaram a trabalhar, e vós ficastes com o proveito da sua fadiga.»
39 Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram nele devido às palavras da mulher, que testemunhava: «Ele disse-me tudo o que eu fiz.»
40 Por isso, quando os samaritanos foram ter com Jesus, começaram a pedir-lhe que ficasse com eles.
41 E ficou lá dois dias. Então muitos mais acreditaram nele por causa da sua pregação, e diziam à mulher:
42 «Já não é pelas tuas palavras que acreditamos; nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é verdadeiramente o Salvador do mundo.»
43 Passados aqueles dois dias, Jesus partiu dali para a Galileia.
44 Ele mesmo tinha declarado que um profeta não é estimado na sua própria terra.
45 No entanto, quando chegou à Galileia, os galileus receberam-no bem, por terem visto o que fizera em Jerusalém durante a festa; pois eles também tinham ido à festa.
46 Veio, pois, novamente a Caná da Galileia, onde tinha convertido a água em vinho. Ora havia em Cafarnaúm um funcionário real que tinha o filho doente.
47 Quando ouviu dizer que Jesus vinha da Judeia para a Galileia, foi ter com Ele e pediu-lhe que descesse até lá para lhe curar o filho, que estava a morrer.
48 Então Jesus disse-lhe: «Se não virdes sinais extraordinários e prodígios, não acreditais.»
49 Respondeu-lhe o funcionário real: «Senhor, desce até lá, antes que o meu filho morra.»
50 Disse-lhe Jesus: «Vai, que o teu filho está salvo.» O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe disse e pôs-se a caminho.
51 Enquanto ia descendo, os criados vieram ao seu encontro, dizendo: «O teu filho está salvo.»
52 Perguntou-lhes, então, a que horas ele se tinha sentido melhor. Responderam: «A febre deixou-o há pouco, depois do meio-dia.»
53 O pai viu, então, que tinha sido exactamente àquela hora que Jesus lhe dissera: «O teu filho está salvo». E acreditou ele e todos os da sua casa.

54 Jesus realizou este segundo sinal miraculoso ao ir da Judeia para a Galileia.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Do Evangelho segundo São João - Capítulo III

1 Entre os fariseus havia um homem chamado Nicodemos, um chefe dos judeus.
2 Veio ter com Jesus de noite e disse-lhe: «Rabi, nós sabemos que Tu vieste da parte de Deus, como Mestre, porque ninguém pode realizar os sinais portentosos que Tu fazes, se Deus não estiver com ele.»
3 Em resposta, Jesus declarou-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer do Alto não pode ver o Reino de Deus.»
4 Perguntou-lhe Nicodemos: «Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura poderá entrar no ventre de sua mãe outra vez, e nascer?»
5 Jesus respondeu-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
6 Aquilo que nasce da carne é carne, e aquilo que nasce do Espírito é espírito.
7 Não te admires por Eu te ter dito: ‘Vós tendes de nascer do Alto.’
8 O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito.»
9 Nicodemos interveio e disse-lhe: «Como pode ser isso?»
10 Jesus respondeu-lhe: «Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas?
11 Em verdade, em verdade te digo: nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não aceitais o nosso testemunho.
12 Se vos falei das coisas da terra e não credes, como é que haveis de crer quando vos falar das coisas do Céu?
13 Pois ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem.
14 Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto,
15 a fim de que todo o que nele crê tenha a vida eterna.
16 Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna.
17 De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
18 Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus.
19 E a condenação está nisto: a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as trevas à Luz, porque as suas obras eram más.
20 De facto, quem pratica o mal odeia a Luz e não se aproxima da Luz para que as suas acções não sejam desmascaradas.
21 Mas quem pratica a verdade aproxima-se da Luz, de modo a tornar-se claro que os seus actos são feitos segundo Deus.»
22 Depois disto, Jesus foi com os seus discípulos para a região da Judeia e ali convivia com eles e baptizava.
23 Também João estava a baptizar em Enon, perto de Salim, porque havia ali águas abundantes e vinha gente para ser baptizada.
24 João, de facto, ainda não tinha sido lançado na prisão.
25 Então levantou-se uma discussão entre os discípulos de João e um judeu, acerca dos ritos de purificação.
26 Foram ter com João e disseram-lhe: «Rabi, aquele que estava contigo na margem de além-Jordão, aquele de quem deste testemunho, está a baptizar, e toda a gente vai ter com Ele.»
27 João declarou: «Um homem não pode tomar nada como próprio, se isso não lhe for dado do Céu.
28 Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse: ‘Eu não sou o Messias, mas apenas o enviado à sua frente.’
29 O esposo é aquele a quem pertence a esposa; mas o amigo do esposo, que está ao seu lado e o escuta, sente muita alegria com a voz do esposo. Pois esta é a minha alegria! E tornou-se completa!
30 Ele é que deve crescer, e eu diminuir.»
31 Aquele que vem do Alto está acima de tudo. Quem é da terra à terra pertence e fala da terra. Aquele que vem do Céu está acima de tudo
32 e dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho.
33 Quem aceita o seu testemunho reconhece que Deus é verdadeiro;
34 pois aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o Espírito sem medida.
35 O Pai ama o Filho e tudo põe na sua mão.

36 Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se nega a crer no Filho não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Do Evangelho segundo São João - Capítulo II

1 Ao terceiro dia, celebrava-se uma boda em Caná da Galileia e a mãe de Jesus estava lá.
2 Jesus e os seus discípulos também foram convidados para a boda.
3 Como viesse a faltar o vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: «Não têm vinho!»
4 Jesus respondeu-lhe: «Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo? Ainda não chegou a minha hora.»
5 Sua mãe disse aos serventes: «Fazei o que Ele vos disser!»
6 Ora, havia ali seis vasilhas de pedra preparadas para os ritos de purificação dos judeus, com capacidade de duas ou três medidas cada uma.
7 Disse-lhes Jesus: «Enchei as vasilhas de água.»
8 Eles encheram-nas até cima. Então ordenou-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa.»
9 E eles assim fizeram. O chefe de mesa provou a água transformada em vinho, sem saber de onde era - se bem que o soubessem os serventes que tinham tirado a água; chamou o noivo
10 e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho melhor e, depois de terem bebido bem, é que serve o pior. Tu, porém, guardaste o melhor vinho até agora!»
11 Assim, em Caná da Galileia, Jesus realizou o primeiro dos seus sinais miraculosos, com o qual manifestou a sua glória, e os discípulos creram nele.
12 Depois disto, desceu a Cafarnaúm com sua mãe, os irmãos e os seus discípulos, e ficaram ali apenas alguns dias.
13 Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
14 Encontrou no templo os vendedores de bois, ovelhas e pombas, e os cambistas nos seus postos.
15 Então, fazendo um chicote de cordas, expulsou-os a todos do templo com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas pelo chão e derrubou-lhes as mesas;
16 e aos que vendiam pombas, disse-lhes: «Tirai isso daqui. Não façais da Casa de meu Pai uma feira.»
17 Os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devora.
18 Então os judeus intervieram e perguntaram-lhe: «Que sinal nos dás de poderes fazer isto?»
19 Declarou-lhes Jesus, em resposta: «Destruí este templo, e em três dias Eu o levantarei!»
20 Replicaram então os judeus: «Quarenta e seis anos levou este templo a construir, e Tu vais levantá-lo em três dias?»
21 Ele, porém, falava do templo que é o seu corpo.
22 Por isso, quando Jesus ressuscitou dos mortos, os seus discípulos recordaram-se de que Ele o tinha dito e creram na Escritura e nas palavras que tinha proferido.
23 Enquanto Ele estava em Jerusalém, durante as festas da Páscoa, muitos creram nele ao verem os sinais miraculosos que realizava.
24 Mas Jesus não se fiava deles, porque os conhecia a todos

25 e não precisava de que ninguém o elucidasse acerca das pessoas, pois sabia o que havia dentro delas.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Do Evangelho segundo São João - Prólogo e Capítulo I

1 No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus.
2 No princípio Ele estava em Deus.
3 Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência.
4 Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens.
5 A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam.
6 Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João.
7 Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele.
8 Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.
9 O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina.
10 Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu.
11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12 Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.
13 Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus.
14 E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.
15 João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: ‘O que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.’»
16 Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças.
17 É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo.
18 A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.
19 Este foi o testemunho de João, quando as autoridades judaicas lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: «Tu quem és?»
20 Então ele confessou a verdade e não a negou, afirmando: «Eu não sou o Messias.»
21 E perguntaram-lhe: «Quem és, então? És tu Elias?» Ele disse: «Não sou.» «És tu o profeta?» Respondeu: «Não.»
22 Disseram-lhe, por fim: «Quem és tu, para podermos dar uma resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?»
23 Ele declarou:‘«Eu sou a voz de quem grita no deserto: Rectificai o caminho do Senhor’,como disse o profeta Isaías.»
24 Ora, havia enviados dos fariseus que lhe perguntaram:
25 «Então porque baptizas, se tu não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?»
26 João respondeu-lhes: «Eu baptizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis.
27 É aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias.»
28 Isto passou-se em Betânia, na margem além do Jordão, onde João estava a baptizar.
29 No dia seguinte, ao ver Jesus, que se dirigia para ele, exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
30 É aquele de quem eu disse: ‘Depois de mim vem um homem que me passou à frente, porque existia antes de mim.’
31 Eu não o conhecia bem; mas foi para Ele se manifestar a Israel que eu vim baptizar com água.»
32 E João testemunhou: «Vi o Espírito que descia do céu como uma pomba e permanecia sobre Ele.
33 E eu não o conhecia, mas quem me enviou a baptizar com água é que me disse: ‘Aquele sobre quem vires descer o Espírito e poisar sobre Ele, é o que baptiza com o Espírito Santo’.
34 Pois bem: eu vi e dou testemunho de que este é o Filho de Deus.»
35 No dia seguinte, João encontrava-se de novo ali com dois dos seus discípulos.
36 Então, pondo o olhar em Jesus, que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus!»
37 Ouvindo-o falar desta maneira, os dois discípulos seguiram Jesus.
38 Jesus voltou-se e, notando que eles o seguiam, perguntou-lhes: «Que pretendeis?» Eles disseram-lhe: «Rabi - que quer dizer Mestre - onde moras?»
39 Ele respondeu-lhes: «Vinde e vereis.» Foram, pois, e viram onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Eram asquatro da tarde.
40 André, o irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João e seguiram Jesus.
41 Encontrou primeiro o seu irmão Simão, e disse-lhe: «Encontrámos o Messias!» - que quer dizer Cristo.
42 E levou-o até Jesus. Fixando nele o olhar, Jesus disse-lhe: «Tu és Simão, o filho de João. Hás-de chamar-te Cefas» - que significa Pedra.
43 No dia seguinte, Jesus resolveu sair para a Galileia. Encontrou Filipe, e disse-lhe: «Segue-me!»
44 Filipe era de Betsaida, a cidade de André e de Pedro.
45 Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos aquele sobre quem escreveram Moisés, na Lei, e os Profetas: Jesus, filho de José de Nazaré.»
46 Então disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» Filipe respondeu-lhe: «Vem e verás!»
47 Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse dele: «Aí vem um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento.»
48 Disse-lhe Natanael: «Donde me conheces?» Respondeu-lhe Jesus: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira!»
49 Respondeu Natanael: «Rabi, Tu és o Filho de Deus! Tu és o Rei de Israel!»
50 Retorquiu-lhe Jesus: «Tu crês por Eu te ter dito: ‘Vi-te debaixo da figueira’? Hás-de ver coisas maiores do que estas!»

51 E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo por meio do Filho do Homem.»